O Filho amado
E aconteceu que uma nuvem os cobriu com sua sombra e uma voz veio da nuvem: “Este é meu Filho Amado: ouvi-o”! E, repentinamente, olhando em torno, não viram mais ninguém, mas somente Jesus com eles. Enquanto desciam da montanha, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. E conservaram a palavra, discutindo entre si “o que é ressuscitar dos mortos?”
Se Pedro, tomado de espanto, falou demais, certamente não foi bom para os outros dois apóstolos, que assistiram antecipadamente a ressurreição que aconteceu no monte Tabor. Aquele que o Pai ama, e a quem somos chamados a escutar para seguir seus passos, abre uma fenda nos céus e, diante do escândalo da paixão, onde se mostrará irreconhecível aos seus, mostra-lhes, sem o véu da humanidade, o esplendor de sua glória. Mas os pobres olhos humanos e a pouca compreensão dos discípulos não compreendem a grandeza da esperança a que são chamados. E discutem entre si: “o que é ressuscitar dos mortos”?
Que esperança haverá?
Ó Cristo, que ressuscitastes
e que és o novo vencedor
da batalha contra a morte,
nos dê olhos para te reconhecer
no condenado à morte,
no crucifixo, na agonia,
e saber como te reconhecer
quando aparecerás
como o Senhor da glória.
Amém.
Do livro Il Vangelo si fa strada por Roberta Vinerba, Paoline 2019.
