Fazer a experiência do impossível
Lucas 1, 39-45
“Diante do anúncio do anjo, Maria acolheu o improvável, o inesperado, o impossível, pois a vida nada mais é do que esperar sem objetivo” (Simone Weil).
Para que haja um acontecimento, parar que o outro – o surpreendente – se revele o que é, torna-se necessário experimentar o impossível. Sem esse impacto não haveria visão do novo, mas apenas do sempre igual, da repetição.
Maria então vivenciou o impossível, “levantou-se e saiu rápido” para visitar uma mulher que precisava de ajuda.
É sempre uma força que nos moverá, uma energia que todos carregamos dentro de nós, mas que corre o risco de permanecer adormecida se não permanecermos abertos à ação de um Outro reconhecido em sua objetividade total. É importante experimentar o divino em nós, abrir-nos à sua ação, deixar que ela nos penetre silenciosamente: só então nossa própria carne será uma manifestação de Deus – este é o mistério da encarnação – e só então poderemos sair de nossa paralisia e começar a caminhar para finalmente começar a cuidar de alguém.
Comovida por uma experiência vivida na carne, Maria se encontra com Isabel, outra mulher que viveu o impossível, pois ela sempre fora estéril.
Somos feitos para florescer, uma vida estéril incapaz de dar frutos, cor e perfume, é uma vida morta.
do fogo que acende as potências adormecidas,
do ar que faz respirar e da terra que faz brotar vida nova.
Muitas felicidades!
Extraído das Homílias de Pe. Paolo Scquizzato