Caríssimas irmãs,
alegra-me começar esta carta, a última do nosso mandato de governo, com as palavras que o apóstolo Paulo dirigiu aos cristãos de Filipos:
Agradeço ao meu Deus, cada vez que me lembro de vós nas minhas orações por cada um de vós, por causa da vossa cooperação na difusão do Evangelho… É justo que eu pense isto de vós, porque vos trago no coração, vós que sois participantes da graça que me foi concedida… (Fil 1,3-7).
Somos profundamente agradecidas ao Senhor que nos confiou o ministério do serviço e sempre nos acompanhou, sustentou, inspirou.
A sua proteção nos preservou de todo perigo nas inumeráveis viagens em todo o mundo. A sua misericórdia reparou os nossos erros. A sua luz clareou as nossas dúvidas, guiou o nosso discernimento, iluminou as nossas decisões. A sua Palavra nos tornou atentas para ouvir as tantas vozes de vida que se elevaram, muitas vezes sem clamor, dos nossos contextos.
Muitas vezes, nestes anos, experimentamos como o Senhor agiu através da nossa fragilidade e pobreza. A promessa feita um dia ao jovem Alberione ressoou em nós com extraordinária eficácia: «Não temais, Eu estou convosco. Daqui quero iluminar. Arrependei-vos dos vossos pecados». Foi a nossa força, sobretudo nos momentos de escuridão e de cansaço.
Verdadeiramente, tudo foi dom e tudo nos leva ao magnificat.
No momento em que nos preparamos para deixar a função da animação, que nos permitiu agir unidas para o bem da Congregação, desejamos exprimir-vos, irmãs, aquilo que trazemos no nosso coração.
Antes de tudo, gratidão a cada uma de vós pela confiança recebida, o acolhimento caloroso e solidário, a colaboração sapiente «na difusão do Evangelho» através da oração, da oferta, do exercício generoso do apostolado nas suas diversas expressões. E admiração pelo caminho que convosco percorremos nestes seis anos: pelos momentos felizes vividos juntas nas visitas fraternas e nos inumeráveis encontros realizados; pela comunhão buscada e atuada na partilha; pelos desejos muitas vezes expresso de viver mais radicalmente as exigências do Evangelho, de servir a Igreja, de “sentir” a humanidade; pelas dificuldades enfrentadas com coragem e esperança; pelo amor à Congregação, que sempre nos uniu e projetou para frente, bem além de todo obstáculo.
Sobre esse caminho pousou e se mantém o olhar benevolente de Jesus.
Perdoai as nossas ineficiências, os atrasos, as omissões, as incompreensões. Ajudai-nos a colocar tudo isso nos braços misericordiosos do Pai.
Trazemos-vos no coração, como gostava de dizer a Primeira Mestra: «todas… da mais anciã até a última que entrou». Por todas rezamos, com solicitude e afeto, para que o Senhor «que iniciou em vós a boa obra, a leve a bom termo, até o dia de Cristo Jesus» (Fil 1,6).
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam conosco nas próximas etapas do caminho e nos abram a uma renovada fecundidade carismática, vocacional, apostólica. Para isso intercedam a são Paulo, de quem celebraremos a festa, o bem-aventurado Alberione, Mestra Tecla, todas as irmãs que nos precederam, fecundando a nossa história com a sua santidade.
Com grande reconhecimento e muito afeto.
Roma, 15 de junho de 2013
98° aniversário do nascimento das FSP